Hortas comunitárias: As escolas podem ceder espaços para hortas comunitárias, geridas por moradores e organizações locais. Estas hortas promovem a sustentabilidade, permitindo que os residentes cultivem os seus alimentos, enquanto fortalecem a educação ambiental e o convívio intergeracional. Podem também surgir projetos para vender os produtos em cooperativas de consumo locais, garantindo um consumo com menor pegada ecológica, tal como a
cooperativa Rizoma está a fazer na escola Gil Vicente.
Cedência de salas para associações e cooperativas: Um dos aspetos essenciais desta proposta é a cedência de salas de aula e auditórios para reuniões, assembleias e eventos organizados por associações e cooperativas que, devido ao aumento dos preços de arrendamento em Lisboa, têm cada vez menos capacidade para manter um espaço próprio. A disponibilização de espaços nas escolas permite-lhes continuar a desempenhar o seu papel fundamental sem custos proibitivos, garantindo a continuidade de atividades culturais, sociais e de apoio à comunidade. Além disso, as infraestruturas escolares podem ser partilhadas com organizações desportivas e culturais, permitindo o acesso a novas modalidades e atividades recreativas, como aulas e ensaios de teatro, música e dança. A criação de protocolos de cedência pode garantir que, em troca do espaço, algumas destas atividades sejam gratuitas para pessoas com menos capacidade financeira, promovendo a inclusão.
Assembleias de cidadãos: As infraestruturas escolares podem ser utilizadas para assembleias de cidadãos, onde a comunidade discute e toma decisões coletivas sobre o bairro. Estas assembleias são essenciais para fortalecer a democracia participativa e garantir que as decisões refletem as necessidades locais, bem como para criar um sentimento de bairrismo e de apoio mútuo entre os vizinhos.